Nós conversamos diariamente sobre tudo e
nesse tudo está incluído falar sobre nada. Somos dois cronistas do cotidiano,
trocando impressões e dando pitaco em tudo: arte, política, esporte,
astronomia, religião, astrologia, família, biologia, relacionamentos, bolinho
de arroz, imóveis, fim do mundo, machismo, Beatles, feminismo, literatura, Allan
Poe, Noruega, corujas, corvos, chocolate, ternurinha, heavy metal e mais quatro
milhões e quinhentas coisas.
Falamos sobre nós, sobre os nós e sobre as nozes.
Trocadilhamos toda hora. Lemos o pensamento um do outro em Braille e em tinta e
falamos alto, ao mesmo tempo, aquilo que acabamos de ler. Damos gargalhadas.
Sorrimos muito: um do outro e um pro outro. Achamos que ficamos mais bonitos
assim, só rindo. Nós somos fruto de um encontro incrível e somos incríveis
desde então. Nosso amor tem cheiro e forma de felicidade, mesmo quando estamos em
cidades diferentes. Temos muito mais que a garantia dos 30 anos de conversa
prazerosa recomendado pelo Nietzsche.
Apreciamos a escrita coerente, correta,
mas nos chamamos de “Amô”. Nos admiramos muito e dizemos isso um pro outro de
todo jeito. Sempre negamos um pro outro que às vezes brigamos. E acreditamos nisso piamente. Nosso abraço é nossa casa, nosso beijo é um ritual
sagrado que fazemos questão de seguir sem regras. Somos um paradoxo lindo. Tudo isso para dizer que estou achando que a gente se ama... rs
16.12.12
Patrícia, sempre escreve com todo sentimento e exageradamente nos "traga"...leio sem fim cada pedacinho das suas miudezas, e eu particularmente adoro miudezas...e essa moça infinitamente sensível e competente, anda toda serelepe,e nos apresenta miudezas sobre o "Amô".
ResponderExcluirCaco