Era uma vez um cego que morava em Curitiba. Ele comprou um equipamento eletrônico e tentou ler a chave de segurança, mas nem o manual nem a etiqueta colada no fundo do produto estavam em Braille. Sem perder tempo, o jovem sacou seu celular, fez uma foto da etiqueta e, com ajuda de um ledor de telas, postou a foto no Twitter pedindo que alguém fizesse a gentileza de descrevê-la.
Em Salvador, outro jovem cego viu o S.O.S do curitibano e quis ajudar. Procurou no Facebook por uma pessoa que tem a estranha mania de descrever todas as imagens/fotografias que publica e pediu auxílio nesta tarefa.
Foi assim, unindo tecnologias, redes sociais e boa vontade que Leo Deniz, lá no Paraná, recebeu auxílio de Ezequiel, que mora na Bahia, Estado onde vive Patrícia Braille, a moça que canalizou quase toda sua tagarelice para a tarefa deliciosa de acessibilizar imagens.
"Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis" [Mary Pat Radabaugh]
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