sábado, 27 de março de 2010

Sobre Amélie e eu


“Você foi ver O Fabuloso Destino de Amélie Poulain?” – essa pergunta me persegue desde que o filme entrou em cartaz. Mesmo depois de tanto comentário e da maioria dos meus amigos ter assistido, o filme saiu de cena [ai, esses duplos sentidos...] e eu não vi. Até me interessou, mas não vi.


Meu interesse começou a crescer quando fizeram alguma comparação da personagem central, a Amélie, comigo. Decidi que nas férias compraria o DVD. Fui em todas as lojas e não achei o bendito! Não acreditava que há poucas semanas em qualquer lugar eu via os olhos vivos da Audrey Tautou estampando o container do DVD. Lojas Americanas, mercadões de CD e nada. Minha última alternativa foi o contrabando. Morrendo de vergonha e acompanhada de minha irmã, como quem procura um traficante de drogas, me aproximei discretamente de uma banca de CD pirata e falei: “moço, aquela senhora que vai lá na frente, tá vendo? Ela tá perguntando se você vende O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Ele repondeu: “nunca ouvi falar...”.


Minha sorte foi lembrar que Viviane, minha prima, já havia comentado que adquirira essa que eu já estava classificando como peça de colecionador. Acabo de ver o filme. Os chatos de plantão que se retirem do sofá deste blog. O filme é tão gostosinho quanto enfiar a mão em um saco de feijão cru, como fazia a Amélie, chupar pedrinhas de gelo, coçar o ouvido com tampa de BIC, acariciar a pontinha da fronha, como eu tanto fiz, quando ninguém estava me olhando.


Eu estou sentindo que fui espionada esses anos todos e fizeram esse filme baseado nas investigações, pois não seria possível alguém gostar de brincar com os dedos, de girar moedas na mesa, passar cola nos dedos e esperar secar para sentir o prazer de retirar a película, dar beijos no vidro da janela achatando os lábios e esse alguém não se chamar Patrícia! Além disso, beijar nos olhos! Quem nesse planeta pode dar beijos nos olhos [de outra pessoa, claro!] e não se chamar Patrícia? E a quantidade de amores que inventei para meus amigos e que deram certo com direito a casamento e filhos? E o velhinho mais rabugento e “Bredoteau” do universo, que corrige a pronúncia do próprio nome quando alguém profere “errado” que acabou ficando meu amigo?


Se essa moça do filme não é Patrícia, acho que eu é que sou Amélie!


P. S.: Agora vai chover gente me dizendo que tinha esse filme em casa e era só eu pedir que me emprestaria!




Descrição da imagem: manipulação digital de uma foto onde apareço em forma de Amélie e os dizeres “Le Fabulex Destin D' Patrícia Braille". By Ruy Carvalho.



4 comentários:

  1. Patamelie,

    Agora sou eu quem vai ter que fazer essa peregrinação!

    Ainda não assisti o filme, a despeito de todos os comentários...

    Valeu!

    Carinho,
    Marta Gil

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  2. Amore,
    Te juro que não vou dizer que:
    - Eu tenho esse filme em casa e era só vc me pedir que te emprestaria!

    De forma alguma, eu no estilo pirata faria uma cópia para você para compartilhar essa obra contigo.

    Quero que vc assista esse vídeo são cenas de Amélie com uma música do Teatro Mágico. Aproveite. beijos ilusórios.

    http://www.youtube.com/watch?v=0ofHYzVLrII

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  3. Marta,

    Se você busca um filme leve que dá vontade de assistir tudo outra vez logo que as "letrinhas" dos créditos começam a subir na tela, é uma ótima pedida. Como já cortei do cardápio filmes tensos há muito tempo, amei!

    Aproveite!

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  4. Edson, Amore!

    Eu amo Anjo Mais Velho! Até tenho um que me visita em sonhos [quando estou dormindo e às vezes quando estou acordada... Acho que ele nem sabe disso...]. Adorei o vídeo.

    ...e pare de fazer apologia à pirataria que meu blog é lugar de respeito! risos

    Beijos dominicais.

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